quarta-feira, 14 de julho de 2010

Como sinto-me inquieta.

 Fui à janela diversas vezes ver a chuva cair, comi vários biscoitos waffer sabor chocolate, a cada uma hora eu estava no banheiro lavando  o meu rosto, arrumei gavetas arrumadas, entrei no fabuloso supermercado supermarket e enchi os meus cornos de chocolate, sucrilhos, roscas e joelhos recheados com salsicha. Ufa! Sinto-me com 200kg. Sei que é um exagero, mas sei também que engordei um pouquinho. Prá ser ter uma ideia da minha inquietude tem uma vasilha de uvas sem caroço olhando prá mim, chá de maça e canela e torradas com requeijão.

Nada justifica essa fome viceral,  só que ás vezes é tão difícil acreditar que a vida dará certo, que os sonhos serão realizados, que as antigas promessas serão cumpridas, por outro lado nada justifica essa inquietude que cerca minha vida.

Preciso acreditar mais em Deus. Preciso acreditar que o melhor estar por vir. Preciso voltar ao pimeiro amor. Preciso entender que tudo tem o seu tempo. Preciso. Preciso e Preciso.

Preciso parar de comer. Preciso confiar mais em Deus e em mim. Preciso correr. Preciso me ocupar mais do que já estou. Preciso de amor. Preciso de um pouco de tempo. Preciso viver em paz.

My Friends

Vivo um momento completamente diferente.

Nos meus dias de carência eu sempre quis gastar (o que não tinha), comprando blusinhas, sapato, brincos, cortando o cabelo, inventando compras pela internet, pintando a unha com um vermelho mais cheguei, entrando num site de relacionamento, enfim, eu sempre quis tapar a minha carência com "futilidades".

Mas há um mês  tento suprir minhas carências entrando numa livraria e escolhendo uma boa história para me acompanhar nas minhas viagens para o trabalho e antes de dormir também, assim paro de pensar um pouco nas coisitas que me deixam angustiada.

Eis os meus verdadeiros amigos:

  • Como se não houvesse amanhã
  • Invisível
  • Humilhação
  • Perdas e danos
  • A última música
  • A prova do mel
  • Múltipla escolha
  • A chave de casa
E meu companheiro hoje tem sido: Nunca é tarde demais de Amy Cohen.

??? W-H-E-N ???

Não sei se existe inveja branca, mas vamos dizer que sim, ta? E por acaso hoje eu senti essa inveja do meu amigo que trabalhava comigo. Na verdade há 1 ano atrás consegui esse trabalho prá ele e foi o seu primeiro emprego. Nossa! Como estou ficando old.


Ao vê-lo partindo fiquei pensando em todos os dias que estivemos juntos aqui no trabalho, foram dias de tédio, dias de sufoco, dias de agitação, dias chuvosos, dias de sol, dias de conversas, dias de indignação, dias de gratidão, enfim, ficar 1 ano ao lado de alguém é um tempo considerável para viver quase todos os tipos de sentimentos que cerca a nossa vida no trabalho.

Senti uma pontinha de tristeza não pelo fato da sua partida (já que foi ele quem quis ir embora e dei a maior força), mas pela curiosidade e vontade de viver uma nova vida.

Quando a porta se fechou fiquei imaginando que ele estará vivendo uma nova vida e pensei: Quando será que terei uma nova vida? Quando será que poderei ter 0, 000001% de tudo que projetei prá minha vida? Talvez eu não esteja fazendo NADA, ou simplesmente eu esteja fazendo muito POUCO tê-la, o que importa é que preciso sair do meu marasmo e começar a buscar os meus 0, 000001% dos projetos que sonhei.

Claro, não sou otimista a ponto de alcançar os 100%, mas já me deixaria muuuito feliz alcançar os 0, 00001%. Pode parecer pouco, mas diante do divisor de águas que seria esses 0, 000001% vale qualquer sacrifício para alcançá-lo.

Meu amigo foi em busca da sua nova vida. E eu? Quando começarei a vivenciar a minha nova vida?