quinta-feira, 18 de março de 2010

DeSaBaFo

Estava doida para teclar. Como não tive como fazer ontem, estou aqui, louca para desabafar.

Estou vivendo um momento de muita correria. Estou fazendo um curso intensivo de segunda a sexta no Centro (trabalho no Recreio), aos sábados pela manhã estudo inglês em Copa e á tarde tenho mais um curso no Centro. Evidente que tudo isso custa grana, tempo, disposição, vontade,  e a vontade que tenho em mudar a minha vida, a minha história faz com que eu quebre todas essas dificuldades.

Na minha vida não é surpresa todos esses sacrfícios. Cursei a minha graduação na Unirio e durante 4 anos eu fiz o trajeto (Campo Grande x Recreio x Urca e assim vice versa). De segunda a sexta, das 18:00h ás 21:30h, ás vezes eu saia mais cedo. Posso encher a boca e estufar meu peito e dizer em alto e bom som: Não fiquei na casa de amigos, parentes, conhecidos, todos os dias ia para minha casa. Lógico, não tinha amigos com intimidade tal para pedir abrigo, muito menos parentes e conhecidos dispenso qualquer comentário. Minha rotina era assim. Lógico, não posso comparar um curso de graduação com a pressão e pauleira que é um concurso público. Pressão por todos os lados, não há tempo para recreio, não há tempo para contar o que foi feito no final de semana, não há tempo para fazer amizades profundas. É um momento solitário. É você, sua concentração, seu objetivo, seu caderno, sua caneta, e o professor lançando muitas informações e pegue-as todas num espaço muito curto de tempo. Essa tem sido a minha rotina. Estou solitária e o que mais precisamos nesse momento é de paz e muito apoio moral, nesse caso, é o que eu preciso.

Quando resolvi estudar todos os dias no Centro logo pensei: "Será ótimo! Meu irmão agora mora na zona sul! Será muito mais cômodo, mais tranquilo, gasto menor em transporte, ficando na casa dele." Ual! Tudo que eu sempre quis.

Mas... Infelizemente eu tenho um péssimo defeito: Eu sempre penso que as pessoas são iguais a mim e sempre quebro a cara, porque definitivamente: NINGUÉM É IGUAL A NINGUÉM. Tem pessoas mais espertas do que e já descobriiram isso há muito tempo eu como sempre descubro tudo muito tarde, descobri agora. Tudo bem. Nunca é tarde para aprender.

Mas ontem, ontem, eu fiquei e ainda estou muito chateada. Saí do Recreio ás 17:00h, porque o curso começa ás 18:00h no centro e cada minutinho atrasado pode ser uma questão que perco na prova. E justamente ontem, eu teria a minha primeira aula de matemática e sabe como é essa matéria, né? Atenção, foco total! Piscar os olhos nem pensar. Fome? Esqueça! Mastigue a ponta do lápis, pois cada explicação do professor é fundamental para a realização dos exercícios e a cada acerto te dá uma motivação, um up para você prosseguir confiante.

Chovia horrores. Trânsito caótico. Ônibus escassos devido aquela manifestação patética que houve no Centro do Rio. Resumo da ópera: Ás 17:25h eu ainda estava no ponto do Recreio. Finalmente, apareceu uma van via zona sul, pulei no primeiro banco pq a concorrência estava grande. E por volta das 18:40h estava eu correndos pela Presidente Wilson na esperança de diminuir meu atraso. O pior de tudo era a fome que me acompanhava.

No meio da explicação o senti o celular vibrar, quando olhei era meu irmão. Não atendi. Mas depois da 45785869 ligações eu resolvi atender e para minha alegria , pois surpresa já não é mais, ele me avisa que terei que buscar a chave na casa da namorada no Flamengo. Não sei porque fiquei atordoada e chateada já que não é a primeira vez que esse fato acontece. Saí do curso com um bico, pau da vida, porque eu ainda teria que passar no Flamengo. Ok. A casa não é minha é dele. Então quem manda é ele. Sou uma simples imigrante. Mas quando é para pedir 125456966955555 de coisas eu não sou uma imigrante, sou a irmã dele.

Minha chateação declarada é devida a falta de generosidade, compaixão, gentileza por mim que sou irmã. 
Já escrevi e volta a escrever que minha vida é de sacrifício,  luta, chateação, mas nem por isso eu deixo de atender um pedido sequer da minha família. Seja pai, mãe ou irmão. Sempre estou pronta, disponível para qualqer situação. Seja o que for, não importa, todos da minha família saberm que podem contar comigo. O problema é que quando pedi apenas uma guarida nada mais, percebo que não houve uma reciprocidade no quesito vou estender a mão.

Fui até o Flamengo, busquei a chave e num ímpeto de lágrimas e decepção ao chegar a casa eu arrumei minhas bolsas e fui dormir afogada entre as minhas lágrimas. E fiquei pensando: Sacanagem. 

Já recebi 1.987990.8900 ligações dele. Não estou afim de falar. Não estou afim de chorar mais do que já chorei. Não estou de TPM, nem com resquícios de algum amor do passado. Simplesmente estou chateada.  Prefiro neste momento o silêncio a dizer qualquer palavra.

 

Amanhã, claro, se houver,  é um novo dia. Quem sabe eu não acordo melhor e tudo fica diferente.


Quem sabe?


2 comentários:

  1. cara, essas coisas são foda.
    Abstrai, perdoa, deixa ir.
    nao rola mesmo esperar dos outros a mesma coisa que fariamos... Isso eu to quase aprendendo.
    Serio, pro seu bem, deixa ir. Abstrai.
    Beijos e pensa que amanhã é outro dia : )

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